Blog » Ashwagandha o Que é?

Alimentação Saúde e Bem-Estar

A Ashwagandha, Withania somnifera, também conhecida como ginseng indiano, groselha venenosa ou cereja de inverno, é uma erva utilizada na Ayurveda, a medicina tradicional da Índia. Em Sanskrit “achav” significa cavalo e “gandha” significa cheiro. Apesar de várias partes desta planta serem utilizadas, nos suplementos alimentares é mais comum utilizar-se o extrato das suas raízes.

Esta planta é classificada como adaptogenica, ou seja, aumenta a resistência do organismo contra agressões de natureza diversa, como por exemplo o stress.

O Ginseng Indiano contém vários compostos bioativos, como alcaloides, flavonoides, esteroides e lactonas de esteroides; dentro deste último composto estão os withanolides, que são considerados os responsáveis pela maioria dos benefícios desta planta, nomeadamente das suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

Para além da sua capacidade em reduzir o stress e a ansiedade, a Ashwagandha também parece influenciar o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal – que desempenha um papel central na resposta ao stress – através da sua capacidade em diminuir os níveis de cortisol.  Também parece alterar a sinalização de vários neurotransmissores que são prejudicados em transtornos de ansiedade, nomeadamente a noradrenalina e a dopamina e o recetor GABA; pensa-se que seja a isto que se devem os seus benefícios em relação ao sono.

A atividade neura protetora pode estar ligada à presença de withanolides e ao seu papel como na inibição da peroxidação lipídica, processo ligado ao envelhecimento e à presença de radicais livres.

Devido à presença de vários constituintes bioativos e à sua baixa toxicidade, a Ashwagandha é adequada no tratamento de várias doenças, no entanto ainda é necessário estudos para averiguar a possível interação com alguns medicamentos.

Referências Bibliográficas:

Kumar, A., Konar, A., Garg, S., Kaul, S. C., & Wadhwa, R. (2021). Experimental evidence and mechanism of action of some popular neuro-nutraceutical herbs. Neurochemistry International, 149, 105124. doi:10.1016/j.neuint.2021.105124